Biologia Pokémon: O Processo de Restauração de Fósseis

Feito por lyd. Traduzido por Spl4sh. Publicado em: 20/05/2020.
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Arte por Cretacerus e tiki.

Introdução

Muitas pessoas não conhecem o árduo processo por trás da reanimação dos fósseis Pokémon e apenas os entregam para um estranho a fim de receber um Pokémon bom e revitalizado depois de alguns dias. Afinal de contas, como um lindo Sail Fossil pode se tornar em um Amaura majestoso em questão de dias? Vamos dizer que as pessoas por trás dessas reanimações empregam um esforço muito maior do que muitas pessoas conseguiriam pensar. Os incontáveis anos de pesquisa que organizações como o Pewter Museum of Science, a Devon Corporation e o Nacrene City Museum dedicaram em estudar esse tópico é algo que não deve ser esquecido, e existem muitos fósseis ainda esperando para serem revividos. Neste artigo nós iremos cobrir o passo a passo de como esses cientistas dão vida a Pokémon como Omanyte e Kabuto, então continue lendo!


Blitzle Yanma

Extração do DNA

Começando pelo mais importante, a reanimação de um fóssil precisa de um elemento chave: DNA. Com o ácido desoxirribonucleico — também conhecido como DNA — das espécies extintas, Pokémon podem ser revividos em laboratório artificialmente, em um método semelhante ao de clonagem. Mas nós iremos chegar nisso mais à frente; o primeiro passo envolve a extração do DNA do fóssil, o que é muito mais difícil do que aparenta.

A primeira tentativa de extrair o DNA de um Blitzle antigo ajudaria na pesquisa sobre as duas subespécies de Blitzle: Plains Blitzle e Mountain Blitzle. Com uma amostra do DNA do músculo desidratado de um antigo Plain Blitzle, os cientistas foram capazes de identificar que as duas subespécies divergem de 3 a 4 milhões de anos atrás. Isso é muito mais fácil de ser visto com fósseis mais novos, já que esses têm sua estrutura genética muito mais intacta do que os mais velhos. Cientistas então decidiram dar um passo adiante e experimentar com Pokémon mais velhos, como Yanma e outros Bug-type, mas perceberam algo incomum: o DNA era bom demais para ser de verdade, literalmente. DNA rapidamente se degrada, sendo um processo que pode acontecer mesmo com a influência de moléculas de água nas células, mas isso não é um problema em Pokémon vivos, já que as enzimas estão muito mais aptas a reparar qualquer problema. Contudo, após a morte de um Pokémon, as enzimas também morrem e o DNA decai.

A velocidade de degradação do DNA varia amplamente não apenas de Pokémon para Pokémon, mas também no meio em que são preservados. Por exemplo, para alguns Solosis nas profundezas dos oceanos são necessários 20.000 anos para que seu DNA atinja sua meia-vida (o que significa que a fração usável do DNA é reduzida pela metade a cada 20.000 anos, aproximadamente). Isso acontece por diversos motivos, entre eles o baixo nível de oxigênio, a alta pressão e a baixa temperatura, mas para ossos de Pokémon que habitam a superfície como Cubone, 500 anos é mais do que o suficiente para o DNA ser diminuído. Indo um pouco fora da curva aqui, mas tenha paciência comigo, é apenas legal dar ênfase em como a maioria dos fósseis que temos hoje foram preservados em certas condições que fizeram sua preservação ser mais fácil. Os fósseis de Aerodactyl, por exemplo, foram presos em resina de âmbar e o DNA de Amaura está bem mais preservado do que a maioria dos Pokémon de seu tempo por causa de ele ter vivido em ambientes de extremo frio. Mas voltando ao assunto, mesmo com expectativas otimistas, foi possível perceber que não tinha possibilidade do DNA achado no fóssil do Yanma ser verdadeiro.

Acontece que, durante o processo de replicar o DNA, uma célula de pele humana foi jogada na amostra e replicada também, e mesmo com melhores condições no laboratório hoje em dia, o DNA do Yanma e de vários outros Bug-types são de fatos ilegíveis. Sendo assim, como Pokémon como Tyrunt e Amaura foram revividos? Bem, como a tecnologia evoluiu com o tempo, foi possível rearranjar os pequenos fragmentos de DNA com mais precisão conforme as décadas passavam. O que antes eram pequenos fragmentos indecifráveis de DNA décadas atrás agora é traduzível. Então, um dia, um grupo de cientistas no Pewter Museum of Science finalmente conseguiram rearranjar por completo e agrupar um pedaço do DNA de um Omanyte e depois replicar o DNA para poder ser lido, e voilà, uma criatura de 100 milhões de anos atrás teve seu DNA reobtido por completo no Pewter Museum of Science. Esse processo então aconteceu em Pokémon como Kabuto, Lileep, Anorith e vários outros. Com amostras vivas de DNA é muito mais fácil organizar os antigos fragmentos dessas espécies, fazendo que seja relativamente fácil revivê-las. Infelizmente, alguns fósseis ou estão muito velhos ou mal preservados, mas cientistas ainda tentam decifrar o código de uma leva de espécies.


Omanyte

Criação Artificial

Agora vem a segunda fase da reanimação de um fóssil, que é criar um Pokémon a partir de puro DNA. As técnicas usadas aqui são muito avançadas e apenas recentemente (aproximadamente 23 anos atrás desde o lançamento deste artigo), esse método foi concluído com o primeiro Pokémon fóssil totalmente revivido sendo um Omanyte em Kanto.

O processo principal aqui é tentar recriar um zigoto com uma nanotecnologia avançada e, a partir disso, copiar as condições do ovo desse fóssil para então o estimular a se desenvolver. Já que todos os ovos Pokémon são bastante similares entre todas as espécies, recriar as condições certas não é tão difícil. Ainda assim, é muito provável que esse processo falhe, mas recentemente vários cientistas do mundo todo estão reunindo uma base de dados de amostras de DNA que estão mais inclinadas a se desenvolver completamente. Não é o mesmo sentimento de reviver um fóssil que você encontra sozinho, mas é previsto que isso ajude muito na pesquisa dessas espécies e principalmente em como as populações interagem umas com as outras.


Tirtouga

Consequências Ambientais

Infelizmente esses fósseis não podem ser liberados na natureza ainda. Existem muitas pesquisas a serem feitas e também há a grande probabilidade de algumas espécies de fóssil não prosperarem na natureza. Aliás, a situação pode ser pior: elas podem competir com outras espécies e fazê-las entrarem em extinção, o que pode se tornar verdade, baseando-se no fato de que não existem predadores naturais para a maioria dos fósseis que foram revividos até o momento. Há grandes expectativas de que as espécies de Tirtouga serão soltas em um lago fechado e monitorado na região de Unova para verem como eles interagem com o ecossistema de Unova, mas isso não acontecerá no futuro próximo ainda. Pode levar muito tempo para que os treinadores possam encontrar Pokémon antes extintos na vida selvagem novamente.


Dracozolt Arctozolt Dracovish Arctovish

Renascimento dos Fósseis de Galar

Algumas notícias que saíram recentemente falam de uma senhora que usou um pouco dessa tecnologia para reviver fósseis e fundir alguns deles, escolhendo diferentes partes do corpo de diferentes espécies (os quatro fósseis mais notáveis que foram identificados são chamados de Zolt, Vish, Draco e Arcto, por enquanto). Esse método foi mal recebido pela comunidade paleontológica, já que esse experimento com Pokémon é considerado extremamente antiético. Esses Pokémon (Dracozolt, Arctozolt, Dracovish, Arctovish) mostraram um imenso potencial para causar desastres no ecossistema de Galar, o que fez com que fossem capturados para prevenir qualquer dano futuro para a Wild Area de Galar. Eles vão ser protegidos a qualquer custo, pois ainda são Pokémon, mas a polícia internacional já foi notificada e o detetive Looker está procurando a pessoa que passou essas tecnologia para a moça da rota 6, que foi denunciada por estar dando os fósseis anteriormente citados. Esses Pokémon também receberam entradas na Pokédex dizendo que eles existiram na pré-história, mas existe uma compilação de evidências de que essas entradas foram falsificadas para mascarar esse terrível experimento. No geral, isso até pode não parecer bom para a comunidade paleontológica, mas é definitivamente uma lição para o futuro!


Genesect

P2 Laboratory

Outro incidente único que talvez seja relevante é a reanimação de Genesect. Cinco deles foram revividos secretamente pela Team Plasma, que para surpresa de ninguém não foi aprovado pelo governo de Unova fazer tal procedimento. Eles decidiram aprimorar geneticamente as criaturas em segredo. Graças a problemas éticos, N decidiu parar com o projeto, os Genesect foram abandonados e toda a pesquisa queimada pelos cientistas responsáveis em uma tentativa de esconder tudo. Existem algumas denúncias de Genesect causando problemas para pequenos vilarejos e cidades, mas nada extremo. Os cinco deles parecem viver em um grupo que vaga por volta de Unova, e infelizmente o governo de Unova perdeu o sinal deles. Felizmente eles foram reportados como estéreis como resultado do aprimoramento genético, então não há risco de haver uma superpopulação dessas criaturas.


Conclusão

Com isso fechamos esse artigo. Eu espero que tenha ficado mais claro como os fósseis são revividos no mundo Pokémon e, mais importante, como eles afetam e interagem com nosso mundo Pokémon. Os avanços na tecnologia de extração do DNA vai tornar mais fácil a coleta de amostras de até mesmo fragmentos mais velhos de DNA, então fiquem atentos com novos fósseis sendo revividos em breve. Por enquanto, até lá!

HTML por Ryota Mitarai.
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